O espancamento de um jovem de 25 anos supostamente por homofobia terminou com consequências graves para a vítima que teve o maxilar e o nariz quebrado após as agressões. Ele terá que fazer uma cirurgia de reconstrução óssea por causa dos ferimentos. O caso aconteceu em Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas, durante a madrugada de domingo (20).

De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi atingida por socos, chutes, pontapés e tijoladas durante a madrugada. Quatro adolescentes, de 16 e 17 anos,  foram apreendidos suspeitos do crime. Eles disseram que o jovem pediu para que ele fizesse sexo oral neles, eles não quiseram e agrediram o jovem.

No entanto, a vítima contou que enquanto era agredido, os suspeitos o chamavam de "viadinho". “Eu estava voltando de uma festa durante a madrugada e esses quatro adolescentes vieram me pedir cigarro, eu dei e continuei andando. Depois eu vi que eles estavam correndo atrás de mim. Eu entrei em um terreno baldio e fiquei escondido por 40 minutos, mas depois saí eles me atacaram. Eu cheguei até a ficar desacordado”, contou o jovem, que preferiu não se identificar.

Ainda segundo a vítima, ele quebrou o nariz e o maxilar e terá que fazer uma cirurgia de reconstrução óssea. “Estou com muita dor e muito magoado com esse ocorrido, foi um absurdo e eu espero que seja feita justiça para que isso não ocorra de novo. Eu acho que foi um caso de homofobia mesmo, porque minha mãe perguntou para eles, porque eles tinham feito isso e eles disseram que foi atoa que deu vontade neles de me agredir”, relatou o jovem.

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Os adolescentes devem ser apresentados nesta segunda-feira (21) ao Ministério Público que vai definir a punição para eles. A mãe do jovem agredido também demonstrou muita revolta com o caso. “É uma dor muito grande. Essa dor na nossa família nunca vai se apagar. Meu filho foi vítima de uma agressão por puro preconceito e maldade”, indignou-se a mulher que também preferiu não ter a identidade revelada.

A mãe disse que o caso acabou com a vida e que a vítima vai precisar de muita ajuda para superar o ocorrido. “Nós somos uma família humilde, mas de pessoas boas e muito trabalhadoras”, concluiu a mãe. A Polícia Civil vai investigar o caso.

A Polícia Civil informou, por meio da assessoria de imprensa, que os adolescentes estão acautelados - ou seja privados de sua liberdade - e a disposição do Ministério Público de Dores do Indaiá.