O delegado da Polícia Civil Fernando Marins Pinheiro, de 37 anos, morreu nesta terça-feira (5) durante um teste físico para participar do Curso de Operações Especiais, promovido pela Academia de Polícia Civil (Acadepol) de Belo Horizonte.
Em nota, a corporação lamentou a morte de Pinheiro e disse que o delegado apresentou atestado médico e exames que o autorizavam a ser submetido ao esforço físico proposto no teste e durante o curso. A Polícia Civil não informou, no entanto, qual exercício ele fazia no momento da morte e se ele sofreu um ataque cardíaco.
“A Chefia da Polícia Civil e todos os seus servidores estão extremamente consternados com essa fatalidade e aproveita a oportunidade para solidarizar-se com a família. A instituição perdeu um excelente profissional, mas seus servidores perderam não só um grande colega de trabalho, mas, também, um amigo”, diz o comunicado. 
Pinheiro trabalhava na Delegacia Especializada de Investigação a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DEIFVRA) do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), Denilson Aparecido Martins, a associação vai acompanhar as investigações sobre o que causou a morte do delegado. Ele adianta, contudo, que Pinheiro, assim como outros servidores da corporação no Estado, estava com uma sobrecarga de trabalho.
"Vamos acompanhar o desenrolar das apurações com os laudos médicos haja vista que a saúde do trabalhador é uma das premissas que o sindicato defende", ressalta Martins. "O que já posso dizer é que de fato existe uma sobrecarga de trabalho. A profissão exige uma concentração permanente, em tempo integral, e o delegado Fernando Marins Pinheiro trabalhava em uma das delegacias de ponta de Belo Horizonte, onde são realizadas diversas operações contra o crime organizado em todo o Estado", completa.