Alguns anos atrás em Tapiraí as pessoas sofreram de uma doença, por nome de “Maleita”. A doença era contagiosa e que até os macacos acabaram morrendo.
Os recursos médicos para amenizar a doença na população eram precários. 

As pessoas não suportando mais o sofrimento, resolveram fazer uma promessa ao Santo São Sebastião. Se o Santo conseguisse o milagre perante a Deus, de acabar com a doença, todos os anos eles iriam se reunir para festejar e fazer a Novena de São Sebastião.

Meses depois a doença acabou, e assim alguns católicos, que eram: Joaquim Amaro, Mané Justo, Senhor Vital, Gerônimo Adão, José Ferreira e muitos outros – cumpriram a promessa. Todos os anos eles se reuniam para fazer a Novena à São Sebastião agradecendo pelo milagre concebido por Deus.

Com o passar do tempo, eles foram desanimando, pararam de se reunir, acabaram com a novena. E por coincidência, ou castigo, a doença voltou a contaminar as pessoas. 
Preocupado com a situação, um fazendeiro por nome José Ferreira, reuniu várias pessoas, para que todos juntos pudessem pedir algum auxílio para poder construir uma capela, ele trocaria a imagem de São Sebastião para permanecer na capela.

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Com a ajuda de todos a capela foi construída de madeira, próximo à Fazenda do Urubu. Desde esse momento, por milagre de Deus, por intercessão de São Sebastião a doença acabou.

A tradição acontece até hoje, os devotos se reúnem para fazer a novena de São Sebastião, que acontece na Igrejinha do Urubu e na Igreja São de São Sebastião.  

 

História

No dia 20 de janeiro os cristãos católicos comemoram o dia de São Sebastião.

São Sebastião viveu na França, entre 256 d.C. e 286 d.C. Foi um mártir e santo cristão, além de aposto dos confessores – daqueles que eram presos –, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano.

Ele teria chegado a Roma através de caravanas de migração lenta pelas costas do mar mediterrâneo, que na época eram muito abundantes por causa do mar mediterrâneo e o Sahara e os dias não tão quentes por causa da latitude em torno de 40°. De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado em um rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado a 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o édito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.