Canastra, muçarela de búfala, parmesão... Qual o mais saboroso? O Globo Repórter desta sexta-feira (13) mostrou uma nova paixão do brasileiro: os queijos artesanais.

O velho queijo de minas ganhou o mundo com novos nomes e fórmulas especialíssimas, sendo premiado até na França. 

As maravilhas da Serra das Cachoeiras: o canastra que conquistou as grandes cidades é fabricado em um dos lugares mais bonitos do Brasil.

Entre as belezas da Serra da Canastra estão cerca de 60 cachoeiras. A Cachoeira do Cerradão fica dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, área protegida por lei.

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Já o canastrão, queijo dos poderosos do Brasil Colônia, é uma receita com mais de cem anos.

Nas terras altas da Mantiqueira, a pequena Alagoa sonha em ser grande. Mostrar para o mundo que lá também se faz um bom queijo. 

Fazer queijo parece que está no sangue dos moradores de Alagoa. Neto, filho e sobrinho de queijeiros, Francisco de Barros Júnior, o Chiquinho, bem que tentou escapar do destino. Foi em um tempo em que o queijo rendia tão pouco dinheiro que mal dava para pagar as contas. Com os bezerros que herdou do pai, as duas vacas viraram 30, e as 30 viraram 70. Agora, são 150.

Enquanto Chiquinho e os filhos mais velhos cuidam do gado, a mulher dele, Priscila Barros, corta e embala os diferentes tipos de queijo produzidos na fazenda. Queijo com vinho, queijo temperado, entre outros. “Ganhamos em primeiro lugar. O melhor queijo de Alagoa foi o nosso”, comemora Priscila.

O programa também mostrou histórias de brasileiros que mudaram de profissão e de cidade para experimentar o prazer de fabricar queijos, e a descoberta dos jovens de que o queijo também traz grandes oportunidades de trabalho.

Já ouviu falar em SPA do queijo? 

Eles estão cada vez mais sofisticados. As câmaras subterrâneas de maturação foram feitas cinco metros abaixo do piso e têm a temperatura e a umidade controladas. Lá, os queijos ficam descansando por meses e até por anos. Um lugar perfeito para as bactérias trabalharem e garantirem um sabor delicioso.

“É o SPA do queijo. É isso aí. É um SPA e a gente precisa dar o que cada queijo precisa”, conta Maristela Nicolellis, que era professora de francês e deixou as salas de aula para virar queijeira.

“Nós aqui estamos escrevendo a história do queijo artesanal que daqui 50 anos quando a gente não tiver mais aqui, nós ajudamos a fazer. Isso é muito legal, é um sentido para a vida”, celebra Maristela.