Pesquisas que podem trazer descobertas sobre tratamento e diagnóstico de doenças como Leishmaniose, malária e influenza estão prejudicadas em razão dos cortes de investimentos do governo de Minas Gerais na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

Segundo Cristiana Ferreira Alves de Brito, vice-diretora de Ensino, Formação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), em Minas, além de investimento em pesquisa, mais de quatro mil bolsas de iniciação científica de alunos de ensino médio e graduações estão suspensas.

“Inicialmente, os cortes afetaram de forma mais direta as bolsas de iniciação científica e foram de mais de R$ 5 mil bolsas em todo o estado (...) todas essas bolsas foram canceladas”, conta.

Para Minas Gerais, o impacto é grande em termos de pesquisa, “não só pelas bolsas que estão sendo cortadas agora, mas também os recursos dos projetos de pesquisa que foram adiados, então não tem previsão de pagamento dos recursos de projetos de pesquisa isso vai ter um impacto enorme para todo o estado”, destaca.

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Cristiana reforça que o desenvolvimento da pesquisa científica é muito importante para se pensar em autonomia do estado, pensar em desenvolvimento tecnológico, novos diagnósticos, novos tratamentos. “Pesquisas sendo desenvolvidas, principalmente diagnóstico e tratamento de doenças infectoparasitárias, entre elas malária, esquistossomose, leishmaniose, influenza, várias vão ter a pesquisa prejudicada”, diz preocupada a vice-diretora.

A expectativa da entidade é manter diálogo com o governo e para isso uma reunião pública foi marcada para o dia 14, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).  “A ideia é mobilizar os deputados para nos ajudar a defender essa causa para que não tenha esse corte de recursos com a Fapemig”, explica.