Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com a média do litro da gasolina mais alta. Apenas no Acre e o Rio de Janeiro os motoristas pagam mais caro pelo combustível. Sendo de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Os dados da última semana de abril, mostram que os mineiros pagaram em média R$ 4,794 pelo litro da gasolina. Enquanto a média nacional ficou em R$ 4,504. Em Belo Horizonte, o valor médio também ultrapassa o do país: R$ 4,719.

Na segunda-feira passada, a Petrobras anunciou um aumento de 3,5% no preço médio do litro da gasolina nas refinarias, a partir da terça-feira. Com isso, o preço está em R$ 2,045. É o maior valor desde 23 de outubro do ano passado (R$ 2,0639). Foi o segundo reajuste em uma semana. O anterior, de 2%, ocorreu no dia 23.

O repasse de preços ao consumidor final, segundo a petroleira, depende das distribuidoras e revendedoras, do valor do etanol anidro misturado à gasolina, entre outros fatores. Mas o que se percebe é uma alta generalizada nas bombas, principalmente no interior. O peso é maior ainda nas pequenas cidades do extremo Norte do estado, onde o preço da gasolina passa de R$ 5, bem acima das médias nacional e estadual. E a notícia ruim para os consumidores é que a tendência é de que os preços venham subir mais ainda.

Proteção
Os reajustes quase que diários são praticados pela Petrobras desde meados de 2017 e visam acompanhar a paridade internacional. De modo a garantir participação à petroleira no mercado interno. No ano passado, porém, após forte volatilidade, a empresa anunciou um mecanismo de proteção financeira, conhecido como hedge. Para aperfeiçoar essa sistemática, podendo congelar os valores nas refinarias por certo período de tempo, se necessário.

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A estatal passou a atualizar diariamente em seu site o valor dos combustíveis em cada um dos 37 pontos de venda em que atua no país. Anteriormente, era publicado apenas o preço médio diário.