O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, apresentou nesta sexta-feira (16) um panorama sobre os casos de dengue no estado. Em coletiva de imprensa, Baccheretti disse que Minas Gerais vive o maior pico de casos de dengue da história.

Segundo monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), são 194.801 casos prováveis da doença, ultrapassando o valor máximo de casos dos anos anteriores. Foram confirmados 67.592 diagnósticos de dengue.

“Nunca vivenciamos uma inclinação tão forte de dengue na nossa historia. Já ultrapassamos o valor máximo do pico dos outros anos. Então, não temos dúvida de que 2024 vai ser o pior ano de dengue em Minas Gerais”, afirmou o secretário.

Nos meses de janeiro e fevereiro, Minas Gerais registrou cinco vezes mais casos em comparação com o ano de 2023. As apurações confirmaram 18 mortes e outras 105 estão em investigação.

Continua após a publicidade

Ainda segundo o secretário, Belo Horizonte vive uma epidemia de dengue, que deve atingir o auge ainda no mês de fevereiro. A previsão é de que os casos comecem a diminuir a partir de meados de março.

Chikungunya e Zika

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, foram registrados 22.686 casos prováveis da febre Chikungunya, dos quais 15.222 foram confirmados. Até o momento, um óbito foi confirmado por Chikungunya em Minas Gerais e 13 estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento, foram registrados 22 casos prováveis. Foi confirmado um caso da doença. Não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais.

Como combater a dengue?

O Brasil registrou meio milhão de casos prováveis de dengue desde o início de 2024. Só em Minas Gerais, 18 pessoas morreram, sendo quatro em Belo Horizonte. No início do mês, a capital mineira decretou situação de epidemia de dengue. Segundo a PBH, a incidência é de cerca de 484,6 casos por 100 mil habitantes.

Diante do aumento significativo de casos da doença por todo o país, é preciso redobrar os cuidados de combate à dengue. De acordo com a Agência Gov, são necessários apenas 10 minutos diários para garantir a segurança de cada cidadão e prevenir a proliferação do mosquito.