A Polícia Civil investiga o caso de uma universitária de 19 anos que denunciou ter sido estuprada dentro de uma unidade da faculdade Pitágoras, em Belo Horizonte. Portadora de autismo, a jovem disse ter sido obrigada a praticar sexo oral com outro estudante que a levou para uma sala vazia na instituição. O caso teria ocorrido no campus da Pampulha, por volta das 20h dessa quarta-feira (18). A instituição já desligou o aluno suspeito.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a corporação foi acionada via 190 depois que uma amiga da vítima foi até a faculdade para auxiliá-la. A jovem contou para a conhecida como tudo ocorreu e as duas procuraram um coordenador.

A universitária disse que caminhava pelo pátio da faculdade quando o homem, de 35 anos, se aproximou e a chamou para que andassem juntos pelas dependências do local. Em determinado momento, o suspeito a pegou pela mão e a levou para dentro de uma sala vazia. Lá, ele teria apagado a luz e começado a beijar a jovem, sem o consentimento dela.

A estudante explicou ainda que disse não estar gostando da situação e que empurrou o homem, além de explicar que tem autismo, mas que ainda assim ele continuou. Depois de beijar a jovem, o suspeito teria puxado o cabelo dela e a obrigado a fazer sexo oral nele. O homem ainda questionou novamente se ela estava gostando e, para fugir, a vítima disse que sim.

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Logo que deixaram o local, a jovem ligou para amiga e as duas procuraram o coordenador. Na sequência, policiais militares chegaram à unidade e ouviram o relato da estudante. Eles procuraram pelo suspeito, mas o homem já não estava mais na faculdade. Os oficiais viram, então, uma foto dele no celular da vítima, por conta de uma mensagem recebida por ela logo depois do abuso. Os policiais também conseguiram o endereço do estudante e foram até lá.

No local indicado, um irmão do homem contou que ele não morava na residência e repassou um novo endereço. Os policiais foram até o bairro, mas não o encontraram. O caso foi registrado como estupro de vulnerável por conta da condição de autista da vítima e está sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. A jovem, por sua vez, foi levada até uma unidade de saúde onde passou por exames e foi liberada.

Agora, a Polícia Civil deve analisar imagens de câmeras de segurança da instituição para descobrir as circunstâncias e a forma como o suspeito agiu.

Por meio de nota, a Pitágoras informou ter desligado o estudante apontado como responsável pelo estupro. O homem de 35 anos cursava engenharia de produção na faculdade. No texto, a instituição também disse repudiar “veementemente qualquer ato de violência contra a mulher” e que “lamenta o ocorrido dentro de suas instalações” (veja na íntegra abaixo).

Nota da Pitágoras na íntegra

A faculdade Pitágoras de Belo Horizonte (MG) esclarece que repudia veementemente qualquer ato de violência contra a mulher e lamenta o ocorrido dentro de suas instalações. A instituição informa que imediatamente prestou todo o suporte à aluna e acompanhou para o registro do Boletim de Ocorrência.  A faculdade esclarece que o aluno já foi desligado e que está contribuindo com todas as investigações para a resolução do caso. A instituição reitera que está à disposição para sanar quaisquer dúvidas adicionais.