A duplicação das rodovias federais BR-381 e BR-262 é prioridade no projeto de intenções de investimento do governo de Minas Gerais e o Espírito Santo, em plano estratégico dos estados apresentado na manhã desta segunda-feira (17), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Além dos governadores Romeu Zema e Renato Casagrande, participaram os presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, e Léo de Castro, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). Coube às duas entidades empresariais a formulação do documento que prevê um investimento de R$ 56,5 bilhões em obras que beneficiem os dois estados, nas áreas de infraestrutura, logística, energia e desenvolvimento da região do Vale do Rio Doce.    

A duplicação da rodovia BR-381 Norte (ligando Belo Horizonte a Governador Valadares) e BR-262 Leste (entre João Monlevade e Viana) viria acompanhada da concessão das duas estradas para a iniciativa privada, a um custo de R$ 9,1 bilhões. Não há definição de quanto será investido por cada estado, pelo governo federal ou pela iniciativa privada.

“Tanto Minas Gerais quanto Espírito Santo quanto o Brasil estão abertos para projetos em parceria com o setor privado. Nos últimos anos ou mesmo décadas pouco se investiu”, afirmou Romeu Zema. “Desde que sou criança, há 40 anos, a BR-381 é considerada a estrada da morte, que até hoje não teve uma solução. Chegou a hora de fazermos esses projetos irem adiante e os dois estados unidos terão muito mais condições de conduzir”, complementou o governador mineiro.

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“É a primeira vez que dois estados trabalham profissionalmente em um plano estratégico”, acrescentou Renato Casagrande, governador do ES, que chamou a atenção para necessidade de simplificação tributária entre ambos. “Cada estado tem que resolver sua questão tributária e termos uma compreensão semelhante para que o governo de Minas não atrapalhe o investidor capixaba e nem o governo capixaba atrapalhe o investidor mineiro, compreensão fundamental para termos aumento nos investimentos”.

Os outros projetos são a implantação de novas estruturas ferroviárias e a renovação das concessões já em vigor na malha que liga os dois estados e dutos que permitam o transporte de gás oriundo da extração do pré-sal a Minas Gerais.